quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Música no Projeto



Venha aprender violão conosco. Foto: Luisa Neves

       Sempre tem uma novidade para os alunos do  PNA! As crianças e adolescentes contam, semanalmente, com aulas de violão ministradas pelo pastor Augusto Dorneles Júnior. Segundo o pastor, o propósito das aulas  é descobrir e desenvolver novos talentos. "Além de identificar dons, a música é uma forma de integração social", relata.

        A aluna do Projeto Carolina Alves, 12 anos, conta que gosta muito das aulas porque o professor ensina com calma. "Nunca tinha tocado violão antes. Até já aprendi cantar uma música. Agora falta tocar bem", conta.

         Dorneles usa o método aprender fazendo. Para isso, os alunos começam por limpar o violão e colocar as cordas. O intuito do método é desenvolver, além da parte técnica, o trabalho em equipe. "Este processo visa desenvolver o conhecimento. Assim, cada passo é dado pro meio de descobertas feitas pelos próprios alunos", explica.

         "Esta é minha aula preferida, confidencia Jordano Barrachini, 12 anos. Ele assegura que é a primeira vez que toca violão e que está com grande expectativa. "O professor explica bem, é calmo, gosta de nós. Isto é muito legal", elogia o menino que não vê a hora de tocar a primeira música.

         Para participar das aulas de violão é necessário estar matriculado no PNA. As ministrações são nas  quartas às 15h 30 e nas quintas às 8h 30. Mais informações pelo telefone (055) 3026 9032.

Por: Luisa Neves




Cinema e pipoca para refletir sobre o preconceito

Nos dias 12 e 19 de setembro, as crianças do PNA assistiram ao filme "Escritores da Liberdade", que conta a história de uma jovem e idealista professora que chega à uma escola de um bairro pobre, corrompida pela agressividade e violência. 


Os acadêmicos auxiliaram na produção dos relatos

No filme, os alunos se mostram rebeldes e sem vontade de aprender, mas a professora Erin Grunwell lança mão de métodos diferentes de ensino. Aos poucos, eles retomam a confiança em si mesmos, e aceitam mais o conhecimento, ao reconhecerem valores como a tolerância e o respeito ao próximo.

Após a apresentação do filme, os alunos do PNA puderam escrever sobre suas opiniões e considerações acerca da obra cinematográfica, que aborda, dentre outros assuntos, o preconceito à diversidade. Eles utilizaram os computadores do projeto, o que dinamizou a escrita e, ainda, auxiliou na aprendizagem da informática. A seguir, os relatos:

O caçula Joziel Goulart, 6 anos, contou que a parte que mais lhe prendeu a atenção foi na qual os alunos chamaram a professora de "mãe", o que demonstrou o respeito da turma por ela. Além disso, a personagem da professora G, como era chamada, foi a sua preferida. "Gostei que no fim deu tudo certo para os alunos", comentou.
Crianças do PNA relataram suas opiniões sobre o filme


Aline Lopes, 11 anos, ficou encantada pela atitude da professora Grunwell. "Ela confiou nos alunos e os ajudou a passar para o 4º ano. Eu acho muito importante que os outros confiem na gente, pois isso nos dá motivação", relatou. 

Já para Rafaela Dávila, 13 anos, a parte mais tocante foi quando a professora não foi autorizada a continuar com a turma de alunos, o que os deixou entristecidos. Mas Rafaela salientou que foi muito interessante quando, após uma reunião com coordenadores, Erin Grunwell conseguiu autorização para permanecer como professora nos 3º e 4º anos. "Eles ficaram felizes, e eu também gostei da hora em que ela deu um diário para eles, e cada um escreveu sua história de vida", salientou.

A cena em que um aluno é pego enquanto pichava as paredes da escola foi bastante comentada entre as crianças. Carolina Alves, 12 anos, contou que a cena foi a sua preferida. "Gostei muito de quando a professora conseguiu ficar na escola com os alunos, que já a adoravam e seguiam seus conselhos", explicou.


Os acadêmicos auxiliaram na produção dos relatos

Luis Eduardo de Vargas Leite, 7 anos, também demonstrou aversão à cena da pichação. "Não gostei quando picharam a parede. Foi uma atitude muito feia", advertiu. Mas apesar da pouca idade, Dudu já percebeu a importância de se acreditar nos outros. "A professora acreditou nos alunos e deu esperança para eles. Isso fez com que eles conseguissem passar de ano", comemora.


E é esta mesma esperança que as crianças mais perceberam nas cenas de Escritores da Liberdade. João Gabriel da Silva, 12 anos considerou relevante a atitude da professora Erin. "Ela foi muito legal, pois ajudou os adolescentes a passar de ano no colégio", relatou.

Diane Silva da Silva, 11 anos, gostou muito de quando os adolescentes se expressaram, através de seus diários, no filme. "Eles se sentiram motivados a contar sobre seus problemas porque a professora acreditou neles e os fez acreditarem em si mesmos", observou. Além disso, Diane contou ter sido triste quando o marido se separou da professora. "Ela era uma boa pessoa e dava muita atenção aos alunos, não foi justo", considerou.


Crianças do PNA relataram suas opiniões sobre o filme
Patrick de Paula Pereira, 11 anos, foi mais um dos alunos do Nações em Ação que relatou a tristeza sentida no momento em que o marido da professora, cansado da ausência da esposa, vai embora de casa e eles se separam. "Não foi legal, porque ela se dedicava muito aos alunos", lamentou. Entretanto, ele gostou da cena em que os alunos ficaram sob a proteção de Erin, que cuidou de todos. Por fim, fez um convite: "Esse filme é muito importante. Todos devem assistir", salientou.

Após as atividades, os alunos foram recompensados com um lanche especial: pipoca, bolo de chocolate e refrigerante fizeram a alegria das crianças. Eles puderam interagir entre si, comentar sobre o que haviam pensado sobre o filme e se deliciar com um saboroso lanche da tarde, que encerrou o dia.



* Esta dinâmica faz parte das oficinas do projeto de Comunicação Comunitária realizado pelos acadêmicos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Franciscano, Camila Severo, Francine Rodrigues, Luisa Neves, Michelli Taborda e Saulo Prado.


-----
Texto: Michelli Anchieta Taborda
Fotos: Luisa dos Reis Neves
Acadêmicas de Jornalismo
Centro Universitário Franciscano